OS SINGELOS E PROFUNDOS MANGÁS DE SUMOMO YUMEKA

The Voices of a Distant Star


    Mais conhecida no Brasil por sua adaptação em mangá do anime Hoshi no Koe, The Voices of a Distant Star (publicada pela Panini), Sumomo Yumeka (ou Mizu Sahara) é uma mangaká japonesa nascida em 1977 (de acordo com a Wikipédia). Além da já citada obra, seus principais mangás são: Same Cell Organism (2001, antologia Shounen Ai), The Day I Became a Butterfly (2007, antologia), My Girl (2010).  

Chou ni naru hi


    E qual é a importância dessa artista e de seus mangás? Bem, começando com os temas, uma grande parte deles são Shounen Ai. O que significa que são sobre, ou ocorre entre os personagens, um romance gay. Até os anos 2000, ainda não existiam obras que tratavam o tema com realismo e sem estereótipos. Em Same Cell Organism, ou Dousabou Seibutsu, temos algumas histórias curtas, que não tem uma grande plot. Apenas  histórias curtas envolvendo estudantes apaixonados, de uma forma singela, lidando com o amor. Ou em outra, com alguma fantasia, um garoto que se apaixona por uma anjo. Personagens inseguros quanto ao futuro, mas que decidem seguir juntos. Em outras palavras, ela estava na frente, tratando o tema com naturalidade e respeito.

Kokoro Kikai


    É muito bonito como os personagens demonstram afeto, dando as mãos, brincando, beijando (alguns beijos nos olhos, que são muito fofos!), etc. Esses mangás são uma grande dose de amor. Aspectos tão simples que geram um efeito aconchegante.






    Falando agora de sua obra mais famosa, Hoshi no Koe, é a história de um casal de amigos que acabam se separando, porque a garota foi selecionada para um projeto espacial longe da Terra. Noboru e Nagamine se amam, porém a cada distância da Terra suas mensagens trocadas demoram mais pra chegar. Se o anime de Makoto Shinkai já é melancólico, o mangá com os traços finos de Mizu são o dobro. É incrível a profundidade que a obra ganha com a mistura de seus traços em preto e branco, e também com as aquarelas que estão presentes na capa e em algumas páginas. Sinceramente, o mangá é muito mais interessante que o anime de Shinkai. Não desvalorizando o trabalho fantástico do autor no anime em que trabalhou sozinho, é claro.

Same Cell Organism


    Como disse antes, os traços de Mizu são bem finos, literalmente. Seus rapazes possuem corpos magros e pontudos, assim como seus cabelos. E as moças também compartilham essas características, que são bem comuns em adolescentes. As suas aquarelas são muito lindas, destaque para a na capa de Hoshi no Koe (que é a minha preferida).  

Same Cell Organism


Por fim, não se sabe muito sobre a vida da autora (exceto que seus mangás são ótimos). Recomendo bastante suas histórias, tenho certeza que você vai gostar!

Auto-retrato da autora


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    O que achou? Me diz aí, e até a próxima!

    

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